terça-feira, 9 de outubro de 2012

Chávez diz o que a imprensa brasileira não gosta de ouvir


A América do Sul, e especialmente a Venezuela, vive um momento histórico. A reeleição do presidente Hugo Chávez no último dia 07/10 significa não apenas o aval, dado pelo povo daquele país, para que se aprofundem as conquistas sociais da chamada Revolução Bolivariana. A vitória de Chávez significa também a oportunidade de fortalecimento do Mercosul – bloco formado por Brasil, Argentina, Uruguai e recentemente Venezuela (admitida após a expulsão do Paraguai, consequência do golpe institucional que tirou Fernando Lugo do poder). Juntos, estes quatro países se tornam uma das maiores potências energéticas e alimentares do Planeta.

O ingresso da Venezuela amplia as potencialidades do bloco, dando-lhe maior dimensão geopolítica e geoeconômica. Como disse a presidenta Dilma Rousseff, "de agora em diante nos estendemos da Patagônica ao Caribe". Com o ingresso do país vizinho ao bloco, o Mercosul passa a ser a quinta potência econômica mundial, contando com 270 milhões de habitantes (70% da população sul-americana) e com um PIB superior a 3,3 trilhões de dólares, correspondentes a 83% do PIB da América do Sul.

Ninguém precisa ser economista para perceber que a entrada da Venezuela no Mercosul é positiva ao Brasil sob vários os aspectos. Mas os jornalistas ligados às oligarquias midiáticas parecem não compreender conceitos básicos de soberania e autodeterminação. Na falta de argumentos factíveis contra o crescimento da região – concomitante ao declínio da Europa (em crise após décadas de espoliação neoliberal) – os jornais preferem atacar o governo Chávez.

Não são críticas civilizadas, mas ataques abaixo da linha da cintura. Quando não usam de ironia para mascarar o tom racista das críticas pessoais ao presidente mestiço, fazem afirmações levianas como: "Na Venezuela não há liberdade de imprensa"; "A ditadura chavista censura jornais e prende jornalistas"; "Chávez usa de violência contra opositores". Estas são algumas das ideias difundidas pelos meios de comunicação no Brasil, objetivando criar no Brasil um senso comum que não corresponde à realidade sobre este país irmão.

No vídeo abaixo, durante uma entrevista coletiva, um repórter do jornal O Globo questiona o presidente Chávez sobre as "perseguições à imprensa" na Venezuela. Sem pressa, mas com firmeza, o presidente venezuelano expõe as intenções melindrosas do funcionário do jornal. Explica o que representa, para os povos, a integração regional da América do Sul, defende Lula e mostra como a dita "imprensa livre" trabalha contra os interesses nacionais: "O Globo utiliza jornalistas para defender interesses particulares contra seu próprio país".


Um jornal que defendeu abertamente o golpe civil-militar de 1964 não tem autoridade moral para falar em nome da liberdade de imprensa e da democracia. 

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