A América do Sul, e especialmente a Venezuela, vive um momento histórico. A reeleição do presidente Hugo Chávez no último dia 07/10 significa não apenas o aval, dado pelo povo daquele país, para que se aprofundem as conquistas sociais da chamada Revolução Bolivariana. A vitória de Chávez significa também a oportunidade de fortalecimento do Mercosul – bloco formado por Brasil, Argentina, Uruguai e recentemente Venezuela (admitida após a expulsão do Paraguai, consequência do golpe institucional que tirou Fernando Lugo do poder). Juntos, estes quatro países se tornam uma das maiores potências energéticas e alimentares do Planeta.
O
ingresso da Venezuela amplia as potencialidades do bloco, dando-lhe maior
dimensão geopolítica e geoeconômica. Como disse a presidenta Dilma Rousseff,
"de agora em diante nos estendemos da Patagônica ao Caribe". Com o
ingresso do país vizinho ao bloco, o Mercosul passa a ser a quinta potência econômica
mundial, contando com 270 milhões de habitantes (70% da população
sul-americana) e com um PIB superior a 3,3 trilhões de dólares, correspondentes
a 83% do PIB da América do Sul.
Ninguém
precisa ser economista para perceber que a entrada da Venezuela no Mercosul é
positiva ao Brasil sob vários os aspectos. Mas os jornalistas ligados às
oligarquias midiáticas parecem não compreender conceitos básicos de soberania e
autodeterminação. Na falta de argumentos factíveis contra o crescimento da
região – concomitante ao declínio da Europa (em crise após décadas de
espoliação neoliberal) – os jornais preferem atacar o governo Chávez.
Não são
críticas civilizadas, mas ataques abaixo da linha da cintura. Quando não usam
de ironia para mascarar o tom racista das críticas pessoais ao presidente
mestiço, fazem afirmações levianas como: "Na Venezuela não há liberdade de
imprensa"; "A ditadura chavista censura jornais e prende
jornalistas"; "Chávez usa de violência contra opositores". Estas
são algumas das ideias difundidas pelos meios de comunicação no Brasil,
objetivando criar no Brasil um senso comum que não corresponde à realidade
sobre este país irmão.
No vídeo
abaixo, durante uma entrevista coletiva, um repórter do jornal O Globo questiona
o presidente Chávez sobre as "perseguições à imprensa" na Venezuela.
Sem pressa, mas com firmeza, o presidente venezuelano expõe as intenções
melindrosas do funcionário do jornal. Explica o que representa, para os povos,
a integração regional da América do Sul, defende Lula e mostra como a dita
"imprensa livre" trabalha contra os interesses nacionais: "O
Globo utiliza jornalistas para defender interesses particulares contra seu
próprio país".
Um jornal que defendeu abertamente o golpe civil-militar de 1964 não tem autoridade moral para falar em nome da liberdade de imprensa e da democracia.
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